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A Miúda Com Pinta

A Miúda com Pinta é onde o marketing encontra estilo e humor. Estratégias, tendências e dicas explicadas de forma descontraída, porque crescer no mundo do marketing não tem de ser aborrecido!

21 de Janeiro, 2023

Ser professora

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Esta tem sido a minha aventura desde o final de 2022, ensinar português. Os meus alunos são pessoas de outras nacionalidades que pretendem aprender português, alguns deles para viverem em Portugal…. Preparem-se para ouvirem um novo tuga, um mix de português com outra nacionalidade qualquer. Mas estou aqui para vos contar a minha experiência enquanto professora.

Aprendi que há 2 tipos de alunos. Aqueles que querem mesmo aprender e trazem todo o tipo de questões, algumas das quais não consigo arranjar uma resposta porque é demasiado intuitivo para mim, e aqueles que não percebem NADA, não tentam perceber e esperam que eu mande sempre o TPC ao final do dia e apenas se limitam a fazê-lo. Uns não falam nada de português, outros não falam nada de inglês e outros não falam NADA. Sabemos que aprender online é difícil, entendo, mas é também com toda a certeza que digo que os meus melhores alunos são do género feminino, na casa dos 14-25 anos. E também com toda a certeza digo que os piores alunos são homens, com mais de 50 anos. Nas meninas vejo dedicação, nos homens vejo a esperança por um milagre. Tenho um aluno (Homem, 50) do Canadá, que parece um papagaio com problemas de fala, repete tudo o que eu digo, não me deixa terminar as frases, mas depois não se percebe nada do que ele diz porque, para saber falar, É PRECISO SABER OUVIR!

Com todas estas greves que se tem falado dos professores, quero apenas dizer que tenho um enorme respeito pela profissão! Se me queixo de adultos, nem quero imaginar quem passa anos a ensinar crianças e adolescentes. Não ambicionava ensinar, nem pretendo fazê-lo para o resto da vida, mas, tem me dado grandes ensinamentos. Um deles talvez seja ter mais paciência e saber-me adaptar às diferentes personalidades,  saber como cativá-los apesar de muitos vezes apetecer-me mandá-los à m*****.

11 de Janeiro, 2023

2023 sem resoluções

silhouette of woman raising her right hand

Ano Novo, vida nova. Para muitos. Para mim é mais um ano, desta vez um pouco diferente do normal. Sem objetivos definidos, sem um plano... apenas a deixar-me levar com o que a vida me dá. 

Para 2022 queria alcançar o equilíbrio. Não aconteceu. Venci muitas batalhas, aprendi muito, mas também percebi que o que eu queria ainda não dava para ser semeado. Precisava primeiro de ter algumas ferramentas básicas que (acho) que adquiri no ano passado. Quando digo que aprendi muito, foi mesmo uma chapada de humildade, não só porque tive 9 meses da minha vida a trabalhar em atendimento ao público como também esta luta diária por um emprego, num país, que nada me dá. Quando acabei a licenciatura, achava que iria encontrar rapidamente trabalho, achava muito boa na minha área. Não quer dizer que não seja, mas não se trata apenas disso.

Chegou a uma altura de 2022 que todos os objetivos que tinha tornaram-se ridículos. Aliás, neste momento da minha vida, ter objetivos é ridículo. Calma, não se assustem. Eu sei o quão é importante termos uma linha orientadora e pequenas motivações que nos façam lembrar do que queremos para a vida MAS, neste momento, só quero ter calma. Deixar acontecer, descansar-me de anos à procura de coisas que eu nem tinha a certeza se queria. Preciso de pausar por um tempo para me afastar de expetativas e egos, dos outros e de mim própria. Investir em mim ao cuidar de mim. Amar muito e ser amada. Viver os anos que perdi. Encontrar-me para saber quem sou e onde pretendo ir.