2023 sem resoluções
Ano Novo, vida nova. Para muitos. Para mim é mais um ano, desta vez um pouco diferente do normal. Sem objetivos definidos, sem um plano... apenas a deixar-me levar com o que a vida me dá.
Para 2022 queria alcançar o equilíbrio. Não aconteceu. Venci muitas batalhas, aprendi muito, mas também percebi que o que eu queria ainda não dava para ser semeado. Precisava primeiro de ter algumas ferramentas básicas que (acho) que adquiri no ano passado. Quando digo que aprendi muito, foi mesmo uma chapada de humildade, não só porque tive 9 meses da minha vida a trabalhar em atendimento ao público como também esta luta diária por um emprego, num país, que nada me dá. Quando acabei a licenciatura, achava que iria encontrar rapidamente trabalho, achava muito boa na minha área. Não quer dizer que não seja, mas não se trata apenas disso.
Chegou a uma altura de 2022 que todos os objetivos que tinha tornaram-se ridículos. Aliás, neste momento da minha vida, ter objetivos é ridículo. Calma, não se assustem. Eu sei o quão é importante termos uma linha orientadora e pequenas motivações que nos façam lembrar do que queremos para a vida MAS, neste momento, só quero ter calma. Deixar acontecer, descansar-me de anos à procura de coisas que eu nem tinha a certeza se queria. Preciso de pausar por um tempo para me afastar de expetativas e egos, dos outros e de mim própria. Investir em mim ao cuidar de mim. Amar muito e ser amada. Viver os anos que perdi. Encontrar-me para saber quem sou e onde pretendo ir.