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A Miúda Com Pinta

A Miúda com Pinta é onde o marketing encontra estilo e humor. Estratégias, tendências e dicas explicadas de forma descontraída, porque crescer no mundo do marketing não tem de ser aborrecido!

29 de Setembro, 2022

O Maldito do Cancro

woman sitting on black chair in front of glass-panel window with white curtains

Quando alguém que conheces morre, mesmo sem ser próximo de ti, é quase impossível ficares indiferente. Especialmente quando é alguém novo (23) que morre de cancro.

Na semana passada, um ex-colega meu de universidade morreu de cancro. Já sabia que estava doente, mas não conhecia a gravidade da situação. Fiquei triste, aliás ficámos todos, pela pessoa que ele era e porque novamente esta doença ganhou. Também perdi a minha avó materna com cancro, na altura tinha 14 anos. Foram 5 anos de luta, 5 anos a vê-la constantemente a sofrer e a tentar esconder de todos. Por um lado, fiquei aliviada quando partiu, por outro as saudades permanecem todos os dias ao longo destes 9 anos. Na minha família, da parte da minha mãe, há muita gente com esta doença, aliás, todos os irmãos da minha avó tiveram cancro, o que me deixa a mim em constante alerta.

Mas fazendo um pequeno desabafo sobre o assunto, a morte do meu colega fez-me pensar o quanto tenho sido má para mim própria. Tenho andado tão exausta a tentar encontrar emprego, que não tenho dado uma pausa a mim própria para descansar. Eu não gosto de estar parada e, se descanso por um dia, sinto que estou a desperdiçar tempo.  Então todos os dias procurar, tento fazer pequenos trabalhos, mas chego ao final do dia triste e desanimada por não estar a conseguir alcançar algo que já quero há tanto tempo. Já para não falar que a minha ansiedade tem estado tão má, a ponto de não conseguir comer.

E depois acontece isto, uma pessoa que adorava viver, morre. Posso dizer que, do que conhecia dele, ele era uma pessoa que adorava os pequenos detalhes da vida. E hoje, tento ter presente esse ensinamento que, sei ele saber, me deixou… a importância dos pequenos detalhes da vida.

Descansa em paz colega!

23 de Setembro, 2022

Hábitos

white book

Criar um hábito requer um compromisso muito forte, pelo menos no meu ponto de vista. Cada vez que tento implementar um novo hábito na minha rotina como fazer exercício físico ou ter uma alimentação mais saudável, nunca dura muito tempo. Desisto facilmente.

A conclusão que retiro destas constantes desistências é exatamente o problema do compromisso. Para mim, é demasiada responsabilidade comprometer-me a fazer algo, mesmo que seja para meu bem (e aqui se mostra a minha falta de autoestima). É como se atribuísse o peso do mundo a uma simples ação.

Comecei a ler um livro intitulado de “hábitos atómicos” de James Clear, um best-seller bastante popular na categoria de desenvolvimento pessoal. O autor defende que, muitas das vezes, as pessoas estão focadas no resultado e não no processo. Concordo. A ideia de me tornar “aquilo” é atrativa e tentadora, mas todo o caminho até lá chegar requer saber esperar. “1%” todos os dias, aquele número pequeno que, passado um mês se torna 30% e passado dois, 90%.

Ainda não o acabei, mas confesso que o estou a achar bastante interessante, especialmente porque convida os leitores a refletirem sobre os seus hábitos e como os podemos tornar em hábitos atómicos.

17 de Setembro, 2022

Lisboa menina e moça

concrete bridge at night time

Estou há uma semana em Lisboa, a minha amada Lisboa. Onde há vida de dia e de noite. Confesso que vinha confiante que seria a primeira de muitas, mas ainda não chegou a altura…ainda.

Por azar, a tempestade Danielle chegou no dia em que vim para Lisboa, mas nem o mau tempo me impediu de voltar a sítios que me deixam feliz como Benfica. Uma pequena freguesia de Lisboa que, desde alguns anos, conquistou o meu coração pela semelhança à minha humilde terrinha. Aquele café da esquina cheio de homens de meia-idade, os mini comércios e a boa disposição das pessoas, que são sempre todas muito simpáticas.

Sinto-me feliz aqui, sinto-me bem. Apesar de toda a confusão e da multidão de pessoas que encontramos todos os dias, há esperança e fé. Lisboa é uma cidade onde é possível sonhar. Não me interpretem mal, eu adoro o campo, mas estar “presa” a aldeias, vilas e até mesmo cidades tão pequenas, por vezes, faz-nos pensar “small”.

Conto ficar por cá mais uma semana. Depois? Ainda não há planos apesar do meu coração saber exatamente o que quer.

08 de Setembro, 2022

Só peço uma oportunidade

person using MacBook

Em julho conclui a minha licenciatura em marketing. Aproveitei o verão para descansar e passear, depois de ter passado nove meses acabar uma cadeira (matemática) e de trabalhar como sales Assistant numa loja de roupa. Todos me diziam que a melhor altura para conseguir um trabalho seria em setembro. Aqui estamos e todos os dias tem sido uma luta.

Não exagero quando vos digo que por dia mando volta de dez currículos, alguns até já repetidos. Todos os dias procuro por novas oportunidades no Linkedin, sites de emprego e tenho tentado falar com o máximo de pessoas para saber se conhecem empresas que estejam a contratar para estágios de marketing. Continuo surpreendida pelas vagas que encontro no Linkedin, que refletem a sujidade do mercado de trabalho atual. Entre pedirem conhecimentos de programação e design a um marketer, o que ainda me consegue tirar mais fora de mim são os estágios não renumerados. Mesmo de grandes empresas, que têm dinheiro para pagar aos trabalhadores, mas por uma questão de… nem sei de quê, preferem escravidão.

Todo este processo tem sido duro, tanto que voltei a ter uma ansiedade que já não sentia há muito. Todos os dias tento acordar com um espírito positivo e confiante para atrair aquilo que tanto anseio. Todos os dias vou para a camar a chorar e pedir às grandes forças do universo para me darem uma oportunidade de conseguir mudar a minha vida, de conseguir concretizar os meus objetivos.

Para todos aqueles que lerem isto e já passaram pelo mesmo que eu, deixei nos comentários a vossa experiência.

02 de Setembro, 2022

Coldplay em Portugal

people standing in front of stage partying during nighttime

Ouço Coldplay desde os meus 5 anos. Tenho uma irmã 9 anos mais velha que, durante a sua adolescência ouvia muito Linkin Park, Eminem, Avril e os tão populares Coldplay.

Lembro-me de em 2012, o ano em que eles deram o seu último concerto em Portugal, ficar muito chateada com a minha irmã por não me levar com ela, mas sempre tive esperança de que um dia os iria ver e que seria garantidamente o concerto da minha vida. Quando anunciaram a data do concerto do dia 17, não conseguia acreditar. Finalmente iria ver uma das minhas bandas favoritas e mal podia esperar para ter um bilhete. Após horas e horas na ticketline, não consegui.

Há alternativas. Posso ir vê-los a outro país. Mas claro que fiquei muito triste (assim como tantos outros portugueses) que têm o sonho de ver Coldplay e nunca poderão por causa de egoísmo e ganância. Não é novidade que o sistema está completamente “lixado”, mas até quando iremos permitir que o dinheiro fale sempre mais alto?

Para todos aqueles que conseguiram o bilhete e que gostem mesmo da banda, parabéns!

Para todos aqueles que conseguiram o bilhete para se aproveitarem, tenham vergonha!

E para todos os que, assim como eu, amam a banda e não conseguiram bilhete, continuem na luta! Eu ainda não me dou como vencida!