Agarra-te à vida, não ao cabelo
“Agarra-te à vida, não ao cabelo”, foi a minha recente aposta. Uma comédia romântica, produzida pela Netflix, que pode ser uma resposta e ajuda a todas as mulheres que, diariamente, lidam com as suas inseguranças de forma intensa, tornando-as num verdadeiro tormento.
A história deste filme consiste numa mulher, a Venus, que desde pequena foi criada a viver com a excessiva pressão de estar perfeita para o mundo, sendo o cabelo, a sua maior insegurança. Todos os dias, alisa-o e certifica-se que está apresentável para o seu namorado (esperando ela que se tornasse o seu futuro noivo). Até que um dia, a sua vida dá uma grande reviravolta e, num momento de loucura, decide rapar o cabelo. Curiosos?
Inconscientemente, a personagem principal fez o que já devia ter feito. Como se diz, “cortou o mal pela raiz”. Nós nunca podemos esconder a nossa natureza porque faz parte do nosso ADN, de como fomos destinados a ser ao mundo e, o exemplo disso, é justamente o cabelo. Podemos esticá-lo, pintá-lo ou fazer os penteados mais loucos, mas, mais cedo ou mais tarde, ele voltou ao seu verdadeiro ser. É importante cuidarmos de nós, seja mentalmente ou fisicamente, tendo de haver um equilíbrio saudável entre estas duas vertentes, mas não podemos depender do materialismo e da artificialidade para escondermos o que fomos destinados a ser. No final, temos de ser verdadeiros ao nosso coração e à nossa mente. Se algo está mal, temos de lidar com a situação, não a desprezar.
Resumindo (e não querendo ser spoiler), este filme tem uma grande mensagem. Enquanto vivemos de aparências e ilusões, nunca seremos nós próprios. Depois de libertamo-nos de todas as nossas inseguranças e concentramo-nos na nossa mente, vemos o mundo de outra maneira. Com mais luz, com mais vida.